- By Fazedores da Mudança
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Vens connosco visitar a Horta FCUL?
Dia 21 Nov., quarta-feira vamos visitar a Horta FCUL
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25 Maio 2018 | Água Formosa | Vila de Rei
PELA ALDEIA DE XISTO DE ÁGUA FORMOSA,
De que falamos quando nos referimos a Educação para uma Cultura de Paz, na Cidade de Lisboa?
Ainda que esta newsletter tenha sido concebida com um cunho muito pessoal por constituir-se como um meio de comunicação interno, decidimos partilhá-la AQUI
O raminho silvestre perfumado e colorido que vamos apanhar ao campo é o símbolo do Dia da Espiga que se celebra hoje! No Alentejo, longe do mar e das praias, quando eu era criança, este era um dos mais belos dia do ano, pois a primavera já tinha pintado com as suas cores mágicas todos os prados, os campos, as planícies... as ribeiras ainda tinham água das chuvas de inverno e podíamos ver cágados e rãs a conviver alegremente... as raposas e das lebres saíam das tocas, as perdizes bebés deixavam os ninhos caminhando apressadas atrás das mães.... e os rouxinóis e as cotovias cantavam à desgarrada!
Nesse dia, os meus pais só trabalhavam de manhã e ao almoço juntava amigos e família no campo, numa partilha de festa e alegria, que servia para celebramos a vida e a amizade juntos, e para recolher o raminho das espigas! Tínhamos muita sorte porque nesse tempo não havia centros comerciais nem fast food e as pessoas só compravam o que precisavam, por isso a nossa maior alegria era ir para o campo para estarmos todos juntos! Os nossos corações sentiam-se livres. Ao fim do dia chegávamos a casa renovados com a alma leve e o raminho das espigas era pendurado atrás da porta principal, e ficava lá todo o ano, até ser substituído no ano seguinte por um novo ramo. Era considerado como um símbolo de prosperidade e de alegria pelas boas colheitas.
Estes eram dias que a minha alma hoje recorda com profunda gratidão e muito carinho! Os significados dos componentes do Raminho da Espiga eram estes:
- As Espigas deveriam ser sempre em número ímpar, e eram a parte mais importante do ramo. No Alentejo as espigas eram de trigo porque nesta altura os campos de trigo eram verdadeiros oceanos dourados a perder de vista. Representavam o pão, como a base do sustento da família, e a fecundidade.
- A Papoila: com a sua cor vibrante e quente a Papoila significava neste ramo o amor, e a vida! Sendo a parte mais garrida do ramo acabava por ser também a que mais depressa secava.
- O Malmequer: simbolizava no ramo a riqueza, e os bens terrenos. Isto pelo seu branco simbolizar a Prata, e ao mesmo tempo o amarelo simbolizar o Ouro.
- A Oliveira é uma árvore sagrada e a sua presença no raminho das espigas tinha um duplo significado: significava a Paz, e o desejo pela mesma! Ao mesmo tempo era o símbolo da Luz, graças ao azeite com o qual se enchiam as lamparinas que alumiavam as casas dos nossos avós e bisavós antes de haver candeeiros a petróleo e luz elétrica.
- O Alecrim e as Lavandas silvestres: com perfume forte e duradouro o alecrim e os rosmaninhos são duas plantas medicinais que resistem a quase tudo, e por isso mesmo simbolizavam no ramo do dia das espigas a força, a resistência, a saúde e alegria!
Avani Ancok - Associação Fazedores da Mudança 21 Maio 2020
1. SER TERRA
O princípio de base de tudo. Se genuinamente nos sentimos parte integrante deste ecossistema Terra (e universo), se somos Terra, então somos capazes de fazer algo realmente diferente, porque a raiz não é a "separação" mas o "Uno", o InterSer. Ser e Viver a natureza, escutar a natureza, para cuidar da Mãe Terra e de todas as suas espécies. Muitos de nós ainda não estamos aqui, mas a boa noticia é que estamos no caminho, desejavelmente com muita compaixão sobretudo para connosco próprios.
2. ESCUTAR, RESPEITAR e SERVIR
Respeito pela sabedoria ancestral e pela dimensão "sagrada" da Vida e deste lindo ecossistema em que vivemos, sublinhando para mim, a importância de se "escutar" o território à luz da geometria sagrada (ou outra abordagem similar em termos de objectivo), por forma a interpretar o que é que um dado território pede das pessoas que estão para chegar e nele habitar, trabalhar, visitar. Tentar conhecer em que é que podemos ajudar, para que ele - o território - se cumpra na sua função, neste "puzzle" maior do qual é parte integrante. Servir o território, é servir a Mãe Terra, é servimo-nos a nós próprios, enquanto humanidade. A generosidade, a gratidão e a abundância são alguns dos valores em presença. Desenhar e projectar comunidades, aldeias, florestas, nesta óptica, é senti-las, escutá-las, pensá-las na melhor forma de nos integrarmos.... servindo, cuidando e nutrindo a abundância, com sabedoria e com o coração. Ao se cuidar e nutrir esta dimensão do território sinto que seremos mais capazes de cuidarmos e nutrirmos as comunidades que ali se instalarem.
3. OBSERVAR e CONHECER BEM O TERRITÓRIO
Como era há muitos anos atrás e como era o comportamento da vida a ele associado e, sobretudo, da água? O que tem mudado ao longo dos anos? Onde estão os pontos de "fronteira", as "linhas" e os pontos "sagrados" que não podem de forma alguma estar "bloqueados" para que a energia flua e a natureza cumpra a sua função de Vida? Tudo está interligado e interdependente e por isso, o que fizermos no topo do território vai influenciar a parte de baixo do território e vice-versa. E o que está a acontecer além dele? Qual o impacto que teve e está a ter, dentro do mesmo?
4. ÁGUA
A fonte de Vida. Sublinha-se a importância vital da água e a necessidade de Plantar Água. Como criamos comunidades e renaturalizamos territórios que plantam água?
Esta foi uma resposta possível impulsionada por uma questão que me foi colocada a propósito do documentário ALUNA e do desenho de comunidades.
Sabemos que cada um de nós ao ver o documentário retirará diferentes ensinamentos.
Sem pensar muito, estes foram os que retive. Queres partilhar os teus?
Gratidão pela possibilidade de partilha e "escuta".
(Paula Alves / Associação Fazedores da Mudança)
Para a nossa sobrevivência enquanto espécie, necessitamos de aprender a respeitar e a honrar a Terra.
Sabias que tens direito à tua informação de saúde?
No passado dia 3 de Janeiro, o Grupo de Trabalho dos Utentes (GTU) enviou para o Presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) o Relatório de Atividade de 2016.
Partilhamos o email enviado ao Presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), no dia 2 de Janeiro do corrente ano:
"Estimado Prof. Henrique Martins,
é com um profundo sentido de dever cumprido que me dirijo a si, pela última vez, enquanto coordenadora do Grupo de Trabalho dos Utentes (GTU).
Passou cerca de ano e meio desde a primeira vez que reunimos, e aceitei, enquanto presidente da Associação Fazedores da Mudança, o desafio de coordenar o agora designado Grupo de Trabalho dos Utentes. Confesso que, naquele momento, não fazia a mínima ideia do tamanho do compromisso que tinha acabado de assumir, mas o senhor tem o dom de ver muito além do "comum dos mortais" e a capacidade de mobilizar. Para me acompanhar nesta saudável loucura, formulámos convites e o Grupo constituiu-se.
No Grupo, em conjunto, crescemos, aprendemos, estivemos mais ou menos presentes, mas sempre juntos numa relação de cooperação e compreensão, no cumprimento do compromisso assumido. Enquanto espaço de participação dos utentes, o grupo definiu-se, experimentou, redefiniu-se e estabilizou, superando-se a ele próprio e oas seus próprios limites.
Chegados aqui, com todo o processo desenvolvido e que o senhor tão bem soube acompanhar e apoiar, penso que não vale a pena dizermos mais nada.
"Simples, pequeno, com quem estamos, onde estamos...no fluir da vida" é o lema da associação, tão bem recebido no seio do GTU. Preparámos o "terreno", lançámos as sementes e agora é preciso cuidar das condições, para que elas possam brotar, crescer e darem os seus frutos. Contamos consigo, para o efeito.
Da nossa parte, resta-me seguir caminho sabendo que, como diz Eduardo Galeano..."muita gente pequena, em lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, podem mudar o mundo.". Estamos juntos.
Pelo privilégio e pela oportunidade dada à Associação Fazedores da Mudança, o nosso profundo agradecimento.
Tudo de BOM
Paula Alves"